A AdegaMãe e o Oeste na senda dos grandes tintos
Outubro 27, 2013
A adega de Torres Vedras e os enólogos Anselmo Mendes e Diogo Lopes lançaram no mercado o sucessor do primeiro vinho nascido na AdegaMãe. Depois da colheita de 2010, o Dory Tinto 2011 defende a mesma convicção: a Oeste também se fazem grandes tintos, muito marcados pelo clima atlântico.
“Sermos o que somos e tornar-nos o que somos capazes de ser é a única finalidade da vida”
Stevenson
Ano de 2010. A construção da AdegaMãe está em marcha. O sonho do fundador João Alves concretiza-se, a arquitectura sai do papel e faz-se realidade. Ao mesmo tempo também se faz vinho. Naquele mesmo ano de 2010 acontece a primeira vindima e, num entusiasmo que supera todos os constrangimentos, mesmo com a infraestrutura AdegaMãe ainda em fase de conclusão, a equipa de enologia constituída por Anselmo Mendes e Diogo Lopes concebe o primeiro vinho AdegaMãe. O primogénito nasce tinto, chama-se Dory e aponta a um objectivo bastante simples: demonstrar o potencial para produzir vinhos tintos de qualidade, únicos, espelho das características muito específicas da região.
O Dory Tinto 2010 mostra esse caminho e fica então na história como o primeiro vinho da AdegaMãe. É ele o primeiro a enfrentar o mercado e apresentar aquela personalidade vincada, um carácter diferenciador muito marcado pela influência do clima atlântico. O potencial estava lá todo e se hoje o blend Touriga Nacional, Syrah, Aragonez e Alicante Bouschet continua a demonstrar a sua evolução em garrafa, ao mesmo tempo fez aumentar a expectativa em torno do seu sucessor. E ele aí está, agora, acabado de lançar no mercado, o Dory Tinto 2011.
Depois de já terem colhido resultados muito entusiasmantes com o Reserva lançado em Março, eleito pela crítica especializada como um dos melhores tintos da região, os enólogos Anselmo Mendes e Diogo Lopes acreditam novamente num bom resultado, desde logo porque este Dory Tinto 2011 nasceu num ano de excelentes condições climatéricas, que terminou num Verão equilibrado. Além disso, ao vinho foi conferida alguma complexidade, graças a um estágio parcial em madeira.
Dory Colheita Tinto 2011
“A matéria-prima foi muito boa, tivemos uvas com uma qualidade excelente. Pegámos nas castas que mais sobressaíram, Aragonez, Syrah e Caladoc e fizemos um estágio parcial, com 30% do lote a entrar em barricas usadas de carvalho francês”, explica a equipa de enologia. “O Dory Tinto 2011 é um vinho muito intenso, com as notas de fruta preta do Syrah, os frutos vermelhos do Aragonez e ainda as notas florais do Caladoc. O estágio parcial conferiu-lhe maior complexidade. Na boca é um vinho com equilíbrio, com boa acidez e frescura”, terminam Anselmo Mendes e Diogo Lopes.
O Dory Tinto 2011 é produzido com as castas Aragonez, Syrah e Caladoc, em solos argilo-calcários e tem um preço referência recomendado a rondar os 4 euros. “Mais uma vez acreditamos estar a cumprir uma relação preço-qualidade muito boa para os consumidores. Desde o início que queremos fazer bons vinhos que possam ser acessíveis às pessoas”, destaca o director-geral da AdegaMãe, Bernardo Alves.
Num ano pleno de novidades, mercado pelo lançamento do primeiro Reserva Tinto, de quatro monocastas brancos e da actualização das colheitas Dory, branco e agora o tinto, a AdegaMãe prepara-se ainda para trazer ao mercado, nas próximas semanas, o novo Reserva Branco.
Dory Tinto 2011 // Notas de prova
Cor ruby brilhante. Aroma intenso com notas de fruta preta e especiarias. Bom corpo na boca, com presença e equilíbrio. Final redondo e persistente.