AdegaMãe 221. Diogo Lopes e Anselmo Mendes reeditam a viagem do Alvarinho
Março 16, 2021
O AdegaMãe 221, aquele que se tornou um dos mais surpreendentes brancos da AdegaMãe, após o lançamento do colheita 2015 (edição de estreia com apenas 2700 garrafas), está agora de volta ao mercado, numa segunda edição de homenagem a uma das mais emblemáticas castas portuguesas: o Alvarinho.
Vinho assinado pelos enólogos Diogo Lopes e Anselmo Mendes, num exercício que reedita a viagem desta variedade por terroirs distintos, o AdegaMãe 221 integra um blend com 50% de Alvarinho da AdegaMãe (Torres Vedras, na Região de Vinhos de Lisboa) e 50% de Alvarinho de Anselmo Mendes (Monção, na Região dos Vinhos Verdes). Após a fermentação em madeira e selecionadas as melhores barricas, os dois lotes, ambos da colheita de 2017, foram integrados na AdegaMãe, iniciando um estágio de três anos em garrafa.
Chega então o novo AdegaMãe 221. Duas regiões, dois enólogos, uma casta. “Com este vinho prosseguimos o nosso tributo ao Alvarinho”, explica o enólogo Diogo Lopes. “A ideia nasceu em conversa com Anselmo Mendes, numa das muitas jornadas que partilhamos. Por que não fundir o perfil mais austero de Monção, com a salinidade tão particular de Lisboa? O resultado foi um vinho inédito, que se impôs entre os nossos topo-de-gama. Um vinho que prestigia a gama de brancos da AdegaMãe e os brancos de Alvarinho, esta variedade que tanto tem dado – e tem para dar – ao nosso país”, termina. “O que apresentamos, mais uma vez, são duas expressões distintas de Alvarinho, que resultam numa interpretação muito genuína da casta rainha dos brancos em Portugal. O estágio de três anos em garrafa acrescenta-lhe ainda mais originalidade e complexidade”, prossegue Anselmo Mendes.
Em Torres Vedras, as vinhas são fortemente expostas às nortadas que chegam do mar; os picos de calor são menos frequentes e os solos são argilo-calcários. Em Monção, no Vale do Minho, a influência atlântica é mais moderada, devido ao abrigo das montanhas do lado de Espanha e de Portugal; as amplitudes térmicas são maiores e os terrenos marcados pelo granito. A sul nasce um Alvarinho mais exuberante e salino, a norte um Alvarinho marcado pela sua austeridade.
AdegaMãe 221 Alvarinho Colheita 2017
Notas de prova:
Cor palha dourada, brilhante e atrativa. Mais do que a sua intensidade é a riqueza aromática que o evidencia. A evolução dos aromas citrinos lembra a casca de laranja, fruta branca madura e um toque de mel, aromas bem integrados pela madeira em que fermentou e estagiou, resultando numa boa complexidade aromática. Acidez viva e bem equilibrada para um bom volume de boca, textura, cremosidade e qualidade de fruta. Vinho com um paladar harmonioso e estruturado, antevendo uma boa longevidade.